Seguindo a leitura do Cap. 4, transcrevo, abaixo, trechos que me chamam bastante atenção no Cap. 5.
Comunidade
Os humanos têm corpos
Mesmo hoje em dia, para a maioria de nós é impossível conhecer de fato mais de 150 indivíduos, não importa quantos amigos no Facebook alardeamos ter. (p. 117)
Podemos caminhar pelos corredores de um supermercado enquanto digitamos mensagens, e podemos comprar qualquer um de mil itens de alimentos, todos supervisionados pelas autoridades sanitárias. Porém, o que quer que escolhamos, acabamos comendo diante de uma tela, verificando e-mails ou vendo TV, mal prestando atenção ao gosto. (p. 120)
Até agora, o modelo de negócio do Facebook estimulou pessoas a passarem cada vez mais tempo on-line mesmo que isso significasse ter menos tempo e energia para dedicar a atividades off-line. Será que é capaz de adotar um novo modelo que estimule as pessoas a ficar on-line apenas quando for realmente necessário, e dedicar mais atenção a seu entorno físico, a seus próprios corpos e sentidos? (…)
As limitações dos relacionamentos on-line também solapam a solução de Zuckerberg para a polarização social. Ele ressalta, com razão, que só conectar pessoas e expô-las a diferentes opiniões não vai ser uma ponte para unir divisões sociais, porque “mostrar a pessoas um artigo com um ponto de vista contrário na verdade aprofunda a polarização, ao enquadrar outros pontos de vista como estranhos”. Em vez disso, Zuckerberg sugere que “as melhores soluções para melhorar o discurso podem vir de cada um conhecer o outro como uma pessoa inteira e não só como opiniões – algo para o qual o Facebook talvez seja o único (instrumento) adequado. Se nos conectarmos com pessoas com base no que temos em comum – equipes esportivas, programas de televisão, interesses -, será mais fácil dialogar sobre aquilo que discordamos.
Porém é dificílimo conhecer o outro como uma pessoa “inteira”. Isso leva muito tempo, e exige interação física direta. (p. 121)
(…) Se o Facebook tem agora como objetivo instigar uma revolução global, terá de fazer um trabalho muito melhor na criação de uma ponte que atravesse a brecha existente entre o on-line e o off-line. Ele e os outros gigantes on-line tendem a ver os humanos como animais audiovisuais – um par de olhos e um par de orelhas conectados a dez dedos, uma tela e um cartão de crédito. Um passo crucial para a unificação do gênero humano é considerar que humanos têm corpos. (p. 123)
As pessoas precisam marcar mais praias, chopps e cinemas com os amigos/conhecidos ou então ler todos os textos do “blogue” dos amigos 😎😎😎
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Hahaha precisamos mesmo! Temos de criar oportunidades para bons papos. Eu, por exemplo, demorei, mas me cansei de FB, Instagram e outros tantos. Agora só escrevo aqui e/ou converso diretamente com um e outro. Saudades!!! Viajarei hj, mas, na volta, vamos marcar um chope.
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