Última semana de 2016… Quando adolescente, tive muitas agendas da moda (aquelas da Cantão), e as usava como verdadeiros diários. De tantas fotos e lembranças que guardava ao longo do ano, ao chegar ao final, elas precisavam de elásticos e fitas para ficarem fechadas. Hoje faço minhas anotações aqui. Tem gente que estranha, acha que é muita exposição… Eu, no entanto, vejo duas grandes vantagens. A primeira é a recordação diária de muitas coisas, dos momentos super legais aos tristes, que a gente acaba esquecendo na correria da vida. Na data de hoje, por exemplo, o FB está me mostrando que eu viajava com minha família pela Europa em 2011; reclamava, em 2012, do calor do Brasil (que agora magra já não me faz tão mal nem me incomoda tanto); curtia Las Vegas, em 2014, sempre os quatro juntinhos. São lembranças que reaparecem e me fazem refletir sobre a minha vida, pensar como eu era, lembrar como (re)agia, o que fazia, onde estava…
Mas isso não poderia continuar em um diário privado?! – muitos se/me perguntam.
Essa é a segunda vantagem! O efeito não é o mesmo. Além de envolver várias pessoas e, com isso, vivenciar a partilha das lembranças, quantas vezes realmente abrimos aqueles velhos álbuns e velhos diários que temos no fundo das gavetas, armários e baús? Uma, duas ou três vezes na vida?! Aqui e agora não sou eu que vou às recordações; são elas que vêm a mim todos os dias. Eu, particularmente, adoro isso e não tenho medo algum de análises críticas como as reflexões estilo “The Entire History of You”, 3o episódio, da 1a temporada de Black Mirror (série densa, arrastada para se ver, mas sensacional!!!). Tudo depende dos usos que fazemos daquilo que temos em nossas mãos. Minhas lembranças são o norte e o sul do que quero mudar ou manter em minha vida. Autoanálise constante e bem prática. Sem mi mi mi.
Que venha 2017, porque vou continuar vivendo intensamente a minha vidinha minúscula para o mundo, mas grandiosa para mim. Simples assim!