Às vezes, é preciso que uma figura pública carismática morra para que as pessoas comecem a enxergar com humanidade o que números aparentemente frios significam. Paulo Gustavo, infelizmente, é mais um dentre os mais de 410 mil brasileiros que já se foram, oficialmente, por causa de um vírus que está rindo da incompetência – e descaso – dos que têm a caneta na mão. Sua morte não apaga outra desumanidade que vimos ontem no ataque a uma creche no Sul, apenas corrobora que estamos todos muito doentes e que precisamos buscar um tratamento coletivo porque nossas vidas dependem não só de nós, mas também das escolhas e das (re)ações do nosso próximo e daqueles a quem damos o poder de tomar decisões por nós.
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