Ao longo da vida esportiva de Luiza (desde os dez anos), conheci muitos técnicos de vôlei. Alguns trabalharam com ela, outros tantos eram de equipes contra as quais minha filha jogava sempre. Acabávamos conhecendo, pela convivência nos jogos, o estilo de cada um. Como educadora, às vezes sofria vendo como um e outro tratavam suas atletas. Uma vez cheguei a atravessar uma quadra e gritar com um monstro que estava empurrando e xingando uma jogadora que não tinha mais de 12 anos numa atitude absurda de humilhação. Ele chegou a chamar o segurança que havia no local e o senhor ficou do meu lado ao ver o que eu questionava.
Estou lembrando tudo isso porque o vôlei foi muito importante na formação integral de minha filha. Valores humanos de conjunto, equipe, cooperação, partilha, respeito ao outro, suporte, assim como perseverança, persistência, garra, atitude, ritmo de estudo, organização de tempo, responsabilidade… foram vivências diárias, na prática, não em teorias bonitas que são mencionadas de vez em quando na educação dos filhos. E algumas pessoas fizeram a diferença (para mim que sou mâe) na formação de Luiza.
Por isso, meu eterno agradecimento ao Claudio Paes Leme Pereira, primeiro técnico dela, que foi quem a levou para o vôlei e hoje é parte de nossa família, e para a Coach Gi, Giovana Melo, que a recrutou para jogar em Nebraska por dois anos e depois a levou para a Califórnia. Como Giovana foi paciente comigo. Imaginem o quanto ela me ouviu, me aturou com mil e uma perguntas, dúvidas, medos… Esses dois são técnicos de verdade. Só posso agradecer! Também deixo aqui meu carinho e gratidão a dois auxiliares técnicos muito queridos de Luiza, Cesar Benatti, e o inesquecível Cleber Alves, lá em Scottsbluff. Todos brasileiros. Todos com a língua materna pra apoiá-la nos momentos de cansaço, dor, dificuldades etc. etc. etc. Ela já não joga mais há dois anos, mas se hoje ela é Mestre é porque pessoas especiais passaram na vida dela e a ajudaram nesse caminho. Gratidão é a palavra.