A dor de cotovelo de uma maioria branca que não conseguiu ingressar em uma universidade; a dor de cotovelo dos que entraram, mas não conseguiram, com isso, se destacar profissionalmente e alcançar o lugar que, por se considerarem parte da elite, sempre foi naturalizado como seu; a dor de cotovelo de ver que aqueles que eram considerados inferiores, numa hierarquia social com base na tradição escravocrata dessa elite brasileira, estão crescendo e “roubando” as oportunidades dos que se consideram “os homens e as mulheres de bem”, esses me parecem ser alguns dos motivos de a universidade pública ser caracterizada, por um grupo aí, como LUGAR DE BALBÚRDIA.
Tal menosprezo alivia, para os que não conseguiram uma vaga em uma universidade pública, a dor da percepção de sua incompetência e, ao mesmo tempo, com o ódio provindo dessa frustração, essas pessoas procuram – muitas vezes até inconscientemente – invalidar a conquista dos que, pela desigualdade e racismo estrutural, não deveriam, em sua opinião, estar ali.
Viva a Universidade Pública! Viva a Educação Pública de qualidade!
Por muitos “filhos” dos Racionais nas universidades!
#porumaeducaçãoantirracista
