Comecei a assistir à série brasileira Segunda Chamada há algumas semanas. Ontem vi os episódios 6 e 7, no GloboPlay.

Tudo gira em torno de uma Escola Pública Estadual no curso noturno de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Por sinal, linda homenagem à nossa queridíssima Carolina Maria de Jesus, que dá nome a essa escola.

Cada episódio traz um tema central e vários outros que podem permanecer de uma semana para a outra ou se esgotar naquele mesmo capítulo. Todos, porém, mostram as agruras por que passam pessoas pobres, simples, cujas vidas sempre foram desprovidas de oportunidades e de acesso mínimo às políticas públicas. A desigualdade, portanto, pode ser considerada o grande tema abordado por meio da ausência de uma Educação pública de qualidade para todos, como meio de ascensão social.

Um outro ponto a ressaltar é o trabalho humano dos professores, que vão muito além da simples transmissão de conteúdos. Como já dizia Paulo Freire, “o educador se eterniza em cada ser que educa” e “a educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem”.

Lógico que em capítulos curtos vários casos acabam se resolvendo de maneira muito mais fácil do que se resolveria na vida real. Entretanto, acho que a exposição de realidades diversas para uma sociedade que costuma pensar e julgar sem empatia, sem enxergar além do seus limites de vida e sem noção alguma da realidade alheia traz uma oportunidade, mesmo que pequena, de abrir os olhos contra estereótipos e preconceitos.

Vale acompanhar a série! E destaco o episódio 6 como o meu preferido até agora.

Tenho chorado horrores a cada novo capítulo.