“Em 1933, quando os nazistas queimaram em praça pública livros de escritores e intelectuais como Marx, Kafka, Thomas Mann, Albert Einstein e Freud, o criador da psicanálise fez o seguinte comentário a seu amigo Ernest Jones: ‘Que progresso estamos fazendo. Na Idade Média, teriam queimado a mim; hoje em dia, eles se contentam em queimar meus livros’.” (Prefácio de Fahrenheit 451)
A ironia de Freud acabou por se tornar ingênua depois do genocídio, mas eu volto a essa breve e doce ingenuidade e pergunto: e hoje?!
Eles querem queimar a Educação, a escola pensante, aqueles que beberam das fontes desses e de muitos outros autores para formarem-se com um pensamento crítico e enxergar as inúmeras dobras quando querem que só enxerguemos o simplório. E para isso, precisam destruir toda e qualquer imagem positiva do Professor. Eles querem que a sociedade nos condene e nos queime no fogo virtual da Idade Mídia, sem nos dar vez nem voz.
Que progressos estamos fazendo…