Estou chorando, apaixonada!
Sabe aquelas lindas histórias de amor que nos conquistam mesmo quando repletas de clichês? Pois é. Estou simplesmente apaixonada pelo filme “Guernsey – a Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata”.
A linda história se constrói sobre livros, leituras e pessoas comuns que leem – leem e trocam, leem e deixam os livros entrarem, de fato, em suas vidas, leem, amam e se deixam amar.
Os livros podem unir pessoas! E a falta deles… separá-las.
Não vou entrar em detalhes porque não conseguiria escrever sem dar spoilers, mas posso dizer que já assisti ao belo romance, digno de uma boa sessão da tarde em familia, duas vezes. E estou com o coração batendo forte.
Me deu vontade de rever um outro filme que amo: “Nunca te vi, sempre te amei”, de 1987. Mas também me voltou à cabeça uma linda passagem de “A caverna”, de José Saramago:
“Estou surpreendida com o seu conhecimento destas matérias, Vivi, olhei, li, senti, Que faz aí o ler, Lendo, fica-se a saber quase tudo, Eu também leio, Algo portanto saberás, Agora já não estou certa, Terás então de ler doutra maneira, Como, Não serve a mesma para todos, cada um inventa a sua, a que lhe for própria, há quem leve a vida inteira a ler sem nunca ter conseguido ir mais além da leitura, ficam pegados à página, não percebem que as palavras são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra margem, a outra margem é que importa, (…)” (2017, p. 80)
E é essa leitura, a que nos leva a alcançar a outra margem, que transforma vidas, e renova-as, principalmente quando a vida é marcada por tantas questões que atropelam o viver simples.
Não entre no filme com grandes expectativas, mas mergulhe na história com o coração aberto para o amor… E para os livros!