1971, ano de meu nascimento; portanto, não tão distante assim (risos). Suíça, país de primeiríssimo mundo na visão de um povo com tamanho sentimento de vira-lata como o nosso, ainda não tinha direito ao sufrágio feminino.
O filme “Mulheres divinas” – que concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro agora em 2018 – narra, numa espécie de comédia-dramática, a luta de mulheres suíças pela cidadania, pela liberdade de expressão e pelos direitos legais, representados no direito ao voto.
Pensar que há 47 anos um país como a Suíça (idealização?!) mantinha uma estrutura patriarcal tão arraigada como a demonstrada no filme; saber que somente em 1981 entrou para a Constituição o princípio de igualdade entre homens e mulheres; descobrir que apenas em 1990 – há 28 anos!!! – o cantão Appenzell Inerrhoden deu direito de voto às mulheres – tudo isso me faz acreditar que as lutas feministas, sejam elas mais ou menos radicais, ainda têm muito o que fazer para garantir um mínimo de igualdade em nossa sociedade.
Como dito no filme em uma manifestação pelo sufrágio, “igualdade de gênero é um direito humano”.
Além de maravilhosa a apresentação da História viva de nossos dias, “Mulheres Divinas” consegue trazer à tona, por meio da comédia, questões referentes ao relacionamento entre homens e mulheres, seus desejos, suas angústias, seus sentimentos e tabus.
Amei!!! Vale muito assistir. Aluguei por R$6,90 no Google Play.