“Me chame pelo seu nome” (2018)

Na 4a, assistimos a “Me chame pelo seu nome”, mas ainda não consegui digeri-lo por inteiro. É incrível e muito difícil.

O filme nos apresenta uma linda história de amor. Uma linda e sofrida história de primeiro amor da juventude. Uma história de amor entre Elio, um garoto de 17 anos, e um rapaz um pouco mais velho, aluno de seu pai. Oliver, judeu e americano, hospeda-se nas férias de verão na casa da família de Elio, também judia, por seis semanas para trabalhar como “estagiário” desse antropólogo, professor universitário.

Tudo se passa numa bela, pequena e simpática cidade do Norte da Itália no verão de 1983. Há 35 anos… Acho que nem é preciso dizer como se poderia encarar a homossexualidade nessa época se ainda hoje vemos tantos problemas.

A história de amor entre Elio e Oliver é suave e intensa, mas também angustiante. Este preocupa-se intensamente com a sua imagem social e com o que as pessoas podem achar; aquele está em plena descoberta de sua sexualidade e com o calor natural da puberdade, o que traz à tona uma erotização no modo de agir, mas que se aprimora na suavidade da descoberta do sentimento na troca de olhares, no toque das mãos e na permuta dos nomes.

A construção do conhecimento mútuo é de tanta singeleza, que, para os não acostumados com filmes mais reflexivos, pode até gerar um incômodo pela lentidão da narrativa. Mas é essa lentidão que caracteriza o espaço, as relações de uma época sem internet nem celulares, na qual se sentia o passar vagaroso das horas. O verão durava uma eternidade até chegar o inverno, outra eternidade. Essa lentidão só é vencida quando eles percebem que poderiam ter aproveitado muito mais tempo juntos.

Mas não há só uma história de amor no filme. Há muito mais! A conversa do professor com seu filho Elio, mais para o final, é excepcionalmente linda. A forma como ele fala de amor e do amar é plena, porque está mergulhada do verdadeiro amor de pai pra filho.

Aceitar-se e entender-se inteiro porque o outro lhe permite ser inteiro é puro Amor.

2 comentários

  1. Esta menina encantadora, que busca conhecimento, que tenta viver intensamente e com coragem, que criou os filhos dando o melhor de si . Esta menina que mesmo de longe nos encoraja, alimenta e transmite a alegria de viver. Tatiane , Tati! Que sua boa vontade seja sempre positiva porque neste caminho muitos podem aprender com você. Te amo!

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