Acabamos de ver hoje, ainda aqui em Floripa, o filme sobre o jornal The Washington Post e o caso dos documentos sigilosos sobre a fatídica e absurda guerra do Vietnã.
Como costumo fazer, minhas críticas são de pontos que me chamam atenção e não sobre questões formais da produção cinematográfica.
Então vamos lá!
Em primeiríssimo lugar, o filme, em tempos obscuros de crise nas informações que lemos e que recebemos, traz ao expectador uma nostálgica e idealizada visão do verdadeiro papel de um jornal: informar, com clareza e honestidade, o povo, sempre em benefício deste, e não dos empresários e políticos.
Um sonho?!
Quase uma utopia na atualidade! Principalmente num país como o nosso, que só tem dois ou três jornais de ponta e que servem, com interesses escusos – todos sabemos! – justamente aos que mandam $$$ aqui.
Outro destaque para mim é a espetacular atuação, mais uma vez, de Meryl Streep. Senti, na pele, a insegurança da personagem dela ao ter de enfrentar tantos homens de terno prontos a devorar sua empresa. Sua interpretação em todos os momentos transmitia o temor e a vontade de agir e reagir. Sensacional!!!
Novamente em um filme de época, sem ser esse o foco, fica clara a visão de uma sociedade patriarcal, hierárquica, preconceituosa, em que as mulheres não têm, numa visão geral, poder nem credibilidade para agir. Mas fica também clara a manifestação silenciosa e agradecida de tantas outras mulheres que sabem que precisam se apoiar. Dois momentos – rápidos, mas emocionantes – mostram isso no filme: a dona do The Washington Post passa diante de outras mulheres que a veem como representante de algo maior.
O filme levanta questões tão óbvias…
Quantas mentiras engolimos o tempo todo?
Em tempos de discussões beligerantes nas redes sociais, que meias mentiras estamos escolhendo criticar? E que meias verdades estamos escolhendo defender?!
É preciso pensar…
[…] que eu, meu marido e meu filho assistimos a The Post: a guerra secreta na 2a feira, ainda em Florianópolis em viagem de férias, ficamos conversando sobre jornalismo, o […]
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