Num período intenso de festival de filmes mega interessantes rolando aqui no Rio de Janeiro, bem do jeitinho que eu gosto, ver um filme comercial para puro entretenimento é uma machadada na cabeça.
Pois bem, lá fomos eu e meu marido, com o objetivo de não pensar em nada, não sofrer por nada, não ficar tenso com nada e não sentir nada, absolutamente nada que valesse sentimento e emoção pulsante, porque o estresse da rotina dos meses mais pesados do ano pra gente (setembro e outubro sempre) estava nos deixando à beira de um ataque de nervos.
Embora sem expectativa alguma (sabíamos que o primeiro filme, Kingsman: O Serviço Secreto, de 2014, tinha sido minimamente um besteirol agradável), havia uma coisa boa no ar da lembrança-entretenimento que nos motivou a ir à continuação. Esse besteirol agradável, porém, acabou assim que apareceu a absurda, inimaginável e totalmente desnecessária máquina trituradora de carne humana que produzia carne moída para hambúrguer gourmet.
Pronto, o filme acabou ali para mim. Era o bastante pra parar de ver, mas eu estava no cinema e meu marido se divertia (ele é bem menos exigente que eu). Então, tive que engolir! Ainda bem! Porque logo depois uma surpresa com nome e sobrenome apareceu e salvou um pouquinho o insalvável. Ao menos gerou gargalhadas com base em uma vergonha alheia de matar. Deu pra relaxar!
Elton John, interpretando o papel dele mesmo, com xingamentos e palavrões, humor britânico e piadas sobre sua sexualidade e sua dependência às drogas, estava hilário. Fez o filme acontecer. Na verdade, acho que vergonha alheia é uma expressão muito simples para definir o que vi ali!!! Eu não teria coragem…