Até agora só escrevi sobre filmes. Mas não se iluda! Não tenho pretensão alguma de me tornar uma crítica de cinema. Vou escrever sobre coisas variadas que passam diante de meus olhos e mexem com meu coração. O tempo vai mostrar…
Também não tenho preocupação com audiência, embora o desejo de diálogo, de troca, sempre exista. Meu objetivo aqui é pensar e me pensar, ler, reler e me conhecer, organizar um diário até mesmo para que um dia, quem sabe na minha ausência, meus filhos, meus netos e todos aqueles que amo, que me amam e me rodeiam possam me (re)visitar e me sentir em meus sentimentos e expressões.
Estou meio dramática, é verdade. Faz parte da fase que estou vivendo, cuidando sempre intensamente da minha vida, mas também de meu pai, que, aos 80 anos, se descobriu com câncer de intestino, operou há quatro meses e agora está em minha casa sobrevivendo, dentro do possível, às cruéis e dolorosas consequências da quimioterapia.
Mas também não gosto de me abater por isso…
A escrita da vida – a escrita do meu ponto de vista ou da vista que tenho dos pontos – também é um processo de sobrevivência, de libertação e de experimentação.